Nossa vida é rodeada por dicotomias: dia e noite, céu e inferno, claro e escuro, bom e mau, e assim por diante. Tratando-se de novelas, essa realidade não seria diferente! No conjunto de personagens de uma trama, sempre há a mocinha e a vilã. Ambas podem ser consideradas como peças importantíssimas na construção do enredo, despertando no telespectador um mix de sentimentos – ora empatia, ora indignação.
Essas personagens conduziram muitas novelas brasileiras ao sucesso. Que tal, então, relembrarmos algumas das mais marcantes?
1. Odete Roitman – Vale Tudo (1988):
Clássica vilã dos anos 80, a imagem de Odete é rapidamente associada ao desprezo em relação aos mais pobres. Beatriz Segall interpretava a personagem autoritária e esnobe, que humilhava qualquer subordinado. Era ou não era uma péssima pessoa? Além disso, seu personagem eternizou a famosa pergunta: “Quem matou Odete Roitman?” – intrigando os telespectadores até a reta final da novela.
2. Raquel – Mulheres de Areia (1993):
Irmã gêmea de Ruth, Raquel – interpretada por Glória Pires – é uma mulher invejosa. Aproveitando a semelhança física que tem com sua gêmea, ela se passava pela irmã a fim de colocar em prática seus planos ambiciosos. Era uma maldade atrás da outra. Você se lembra?
3. Branca – Por Amor (1997):
Interpretada por Susana Vieira, Branca era uma madame carioca que, durante a novela, registrou sua arrogância humilhando as pessoas – tanto o seu filho caçula, quanto indivíduos subalternos. Apesar de ser casada, a personagem também paquerava seu ex-namorado e destratava a atual companheira dele. Ainda bem que o final de Branca foi ser abandonada dentro da mansão, porque ela realmente merecia ficar sozinha! Né?
4. Laura – Celebridade (2003):
Cláudia Abreu viveu a novela na pele de Laura, uma vilã cheia de recalque que fingia ser fã de sua rival para tramar um plano contra o sucesso dela. Laura queria tudo o que a mocinha tinha: sua beleza, sua casa e sua profissão. Haja sal grosso para combater tanta inveja! Por fim, o destino da vilã não foi nada bom – mas deu tempo de acumular um histórico de barracos e baixaria.
5. Bárbara – Da Cor do Pecado (2004):
Bárbara era outra mulher má e ambiciosa. Vivida por Giovanna Antonelli, a personagem fazia de tudo para usufruir – sozinha – da fortuna de seu namorado. Mesmo que para isso ela precisasse forjar a paternidade de seu filho, enquanto omitia a existência de um verdadeiro herdeiro. Frieza dos pés à cabeça!
6. Nazaré – Senhora do Destino (2004):
Ah, a famosa Nazaré! Renata Sorrah eternizou uma das maiores vilãs da TV brasileira. Nazaré era uma mulher conduzida pela loucura. Má, cínica e dissimulada, a vilã começou a vida como uma prostituta de bordel e fez de tudo para melhorar sua vida – inclusive roubar um bebê! Só isso já seria grave o bastante, certo? Mas, não. Tratando-se de Nazaré, a maldade não tinha limite!
7. Cristina – Alma Gêmea (2005):
Matar, roubar, mentir e forjar uma gravidez são alguns dos hobbies que a personagem Cristina cultivou durante a novela. A atriz Flávia Alessandra interpretou uma das personagens mais gananciosas das tramas das 18h. Querendo a todo custo se casar com Rafael, o galã rico da novela, Cristina topava qualquer esquema – até os mais sombrios!
8. Yvone – Caminho das Índias (2009):
Parecendo inofensiva e inocente, Yvone conseguiu causar grandes estragos dentro de um lar. A dama da discórdia, vivida por Letícia Sabatella, usava toda a sua capacidade de sedução para trapacear, enganar as pessoas conquistar o que queria. Você também sentia raiva dela?
9. Tereza Cristina – Fina Estampa (2011):
Christiane Torloni também era chamada de rainha do Nilo por seu mordomo, quando interpretou Tereza Cristina. Ela era uma mulher rica que, em meio a roupas de grifes, também conseguia ser meio cafona. A perua não gostava de se misturar com quem, aos olhos dela, eram vistos como pobretões. Imagina, então, como a vilã reagiu quando sua filha se apaixonou por um rapaz de uma família simples, honesta e trabalhadora? Ela tentou impedir a todo custo. Era ou não uma megera?
10. Carminha – Avenida Brasil (2012):
E para fechar com chave de outro, a vilã que era osso duro de roer! Carmen Lúcia era uma mulher frustrada e tinha horror à pobreza. Ela matou o marido com a ajuda do amante e se livrou da enteada, abandonando-a no lixão. Casada com um ex-jogador de futebol cheio da grana, ainda assim a vilã conseguia ser caricata e conquistou grande audiência para a trama.